A cegonha está chegando !

Lilypie Expecting a baby Ticker

Desde a viagem se passaram:

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Primeiro emprego

Deveria ter escrito isso na semana passada, mas ela foi bem corrida.

Hoje é o aniversário de 1 semana do meu primeiro emprego aqui no Canadá !!!! Graças a ajuda do Wagner, estou já trabalhando.

Comecei dia 18/06 (3 semanas após minha chegada ao Canadá) como Business Analyst na Dapasoft, uma empresa que presta serviços para a Gerdau Ameristeel.

Até o momento não tive nenhuma grande surpresa. O ambiente de trabalho é diferente do ambiente do meu último local de emprego, mas, para o meu jeito de ser, nada de tão chocante. Já tive um pouquinho de experiência na Dell, logo não achei nada tão estranho. O que é estranho é ouvir chinês/mandarim ou seja lá qual for o idioma. No outro lado da minha baia (ou cube) tem uma chinesinha que fica quase o dia todos falando em chinês!!!!

A "proliferação" de chineses na empresa deve ter, na minha opinião, ligação direta com o fato do dono da empresa ser um imigrante chinês (cujo inglês, convenhamos, é complicado de entender). Mas não posso reclamar dele. Afinal, ele também me deu uma força. Acredito nisso porque um dia desses, no elevador, ele me perguntou como andava as coisas. Eu disse que era bom voltar a trabalhar e ele disse que isso que é bom nos imigrantes: eles não tem medo de trabalhar! No que concordo com ele :)

O projeto que me deram para trabalhar é relativamente simples. Um sistema unificado para cadastro de ocorrências de segurança nas plantas da Gerdau. O problema é que desde segunda passada parece que nada andou. O líder técnico estava de férias, o contato na Gerdau estava viajando e estava difícil contatar ela e na sexta passada fiquei sabendo que a gerente de projeto está se mudando para outra cidade e deixando o emprego!!! Hoje ela me conta que irá passar as tarefas dela para o líder técnico. Estou só vendo. Da última vez que o mesmo líder técnico pegou um projeto, uma outra pessoa teve que tomar conta. E esta pessoa também era um business analyst. Vamos ver no que dá isso.

A empresa guarda similaridades com a última que trabalhei, pelo menos, em alguns aspectos e em algumas fases:
- está crescendo, mas ainda precisa de estruturar melhor
- nas baias o tecido é laranja
- também fica no quinto andar
- também tem horário flexível, começando as 9 e indo até as 6, com 1 hora de almoço (ok, aqui é mais ou menos parecido, pois no Brasil eram 08:48 por dia. Aqui faço apenas 8hrs por dia, e rende tanto quanto).

Um dos meus receios, por enquanto, não tem nada a ver com o trabalho em si. Nesta 1 semana de trabalho pude notar que o serviço é muito similar ao que se faz no Brasil. O meu receio é em relação a língua.

Quando vim para cá em 2005, fiquei apenas 1 mês, e parece que o inglês melhorou bastante. Mas naquela época eu ficava falando inglês quase que 24 hrs por dia. Agora, fiquei 3 semanas só no português. E nesta 1 semana de trabalho falei muito pouco, pelos motivos descritos antes. Espero, e tenho convicção, que a medida que for falando mais durante o dia, o meu inglês vai melhorar. E isso é importante para a posição em que estou.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Verdades e Mitos sobre Canadá - parte 2

Continuando.
  • O limite de velocidade é obedecido ao pé da letra: na grande maioria das vezes é assim. Mas depois que se estuda o guia usado para a prova teórica e prática, se descobre que para levar algum ponto na carteira por dirigir em excesso de velocidade é necessário estar indo entre 16km/h e 29km/h mais rápido que o limite estabelecido (ganha-se 3 pontos neste caso). Então, na prática, todos andam a uns 10km/h mais rápidos que o limite. No entanto, perto de grupo de estudantes ou quando se fica com receio de que alguma pessoa faça algo brusco, os motoristas (a maioria deles) reduz. E também quando se passa perto de algum lugar onde a polícia costuma ficar parada, esperando para pegar algum imprudente.
  • As roupas de baixo são feias (este é especial para as mulheres) : depende de quanto a pessoa está disposta a gastar. Mas sim, é possível achar coisa decente. Vale o mesmo para qualquer outro tipo de roupa, para homes e mulheres.
  • Internet banking: nisso o Brasil está anos a frente. Fui tentar recarregar de créditos a conta do Skype. Das opções disponíveis a única que me servia era transferência bancária. Bem, escolhi esta opção e no final da transação apareceu em que conta eu deveria fazer o depósito, que seria no Bank of Montreal (BMO). Só que pelo EasyWeb do TD não tem como fazer !! O sistema exige que o destinatário tenha um e-mail, pois é assim que a pessoa será avisada. Só que no comprovante de compra dos créditos eu não tenho isso. Apenas um identificador da transação e um código Swift. Cheguei a ver com o banco e me deram 2 opções: fazer um depósito em dinheiro ou pagar $30 para fazer a transferência. Pode isso ? Vou ter que esperar a transação ser cancelada (se é que ela será) e tentar novamente após chegar nossos cartões de crédito VISA do TD.
  • As coisas aqui funcionam melhor: isso depende do critério. Se for velocidade, os serviços brasileiros são mais rápidos. Revelação em 1 hora ? No Brasil sim, aqui isso pode levar bem mais que 1 hora. Quanto aos outros critérios, ainda preciso de mais tempo para ter uma opinião.
  • Métodos de construção (um deles pelo menos): Veio um pessoal fazer um serviço aqui no backyard da Rosa, colocando uma pedras em parte do gramado. Eles usaram argamassa para juntar as pedras ? Não. Apenas colocaram as pedras uma perto das outras e jogaram uma areia fina em cima. E mandaram ficar varrendo, de tempos em tempos, para que a areia preenche-se os vazios. Tem alguma pedra mais alta que a outra ? Simples: fique pisando nela até assentar. Sinceramente, porque isso ? Até os antigos romanos já conheciam argamassa !!!
  • Auto-atendimento em supermercados: Isso eu vi, até agora, em apenas 1 supermercado. Nele, há alguns caixas (4), onde a própria pessoa passa os produtos no leitor de código de barra, embala e paga os produtos. Para não dizer que é tudo por conta da pessoa, eu vi um funcionário do mercado perto destes 4 caixas. Não sei se controlando se a pessoa passa o produto ou não no leitor, ou se apenas para ajudar caso alguém precise de ajuda.

Verdades e Mitos sobre Canadá - parte 1

Até chegarmos aqui, e vermos com nossos próprios olhos, há uma série de coisas que achamos que aqui não acontece ou acontece de forma diferente.

Eis uma lista de coisas que notei até agora:
  • Todos os motoristas obedecem todas as leis ao pé da letra: não é bem assim. As placas de STOP por exemplo. São poucos os que fazem uma parada completa. A maioria vai indo, devagar, e segue ou dobra. Vale o mesmo quando se está dobrando a direita num sinal vermelho, onde a maioria vai indo e verificando se pode. Pela lei, em ambos os casos deveria-se fazer até no máximo 2 paradas completas.
  • Todos os canadenses pagam seus impostos: não é bem assim. Fiquei sabendo que alguns empreiteiros (pessoal que faz algumas obras mais chatas para você) exigem apenas dinheiro em espécie. Se fossem pagos com cheque, por exemplo, teriam que se explicar.
  • Todos são corteses no trânsito: isso depende da cidade. Em Toronto o stress é maior. Cheguei inclusive a presenciar, há poucos dias atrás, um cara xingando um outro, em pleno centro da cidade. Em Whitby a coisa parece ser mais calma. Coisa de cidade pequena.
  • Não tem carne para comer: a variedade e quantidade pode não ser tanta como a de um Zaffari Bourbon. Mas para quem é carnívoro é possível sim achar carne por aqui. Só que ela vai ser um pouco cara. E para quem entende mais, talvez os cortes não sejam aqueles aos quais a pessoa está acostumada (isso depois que a pessoa entende a qual corte cada nome em inglês se refere).
  • Não tem panela de pressão aqui: isso foi uma discussão acalorada em um grupo de discussão do qual participo. Tinha uma pessoa querendo levar uma panela de pressão junto. E não é que vimos panelas de pressão no Canadian Tire ? :)
A medida que for me lembrando ou descobrindo novas coisas vou colocando aqui

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Primeira aula de direção

Hoje foi o dia da minha primeira aula de direção.

O instrutor havia dito um horário, mas fiquei sem entender qual era, se era 09:45 ou 10:45. No fim ele apareceu perto das 10:00 mesmo. Porque não entendi o horário ? Primeiro o sotaque dele, que ainda é meio carregado mesmo ele estando aqui há anos. E segundo porque ele não falou "09:45" mas sim "quarter to 10". Fica complicado assim :)

Antes da aula expliquei o que queria e logo partimos para a lição. Peguei o carro da Rosa emprestado, pois provavelmente será nele que irei fazer a prova. E tão logo saímos ele notou uma rachadura no parabrisa, e comentou que aquilo poderia ser um problema. Na hora da prova de rua, o instrutor pode se recusar a fazer a prova se o carro não estiver em excelentes condições e eu ainda perco 50% do valor da prova, que custa $75.

A aula de hoje foi relativamente simples, mas algum vocabulário era novo para mim:
  • em qualquer parada indicada, não desligar o carro. Desligar o carro somente quando terminar o teste;
  • emercengy roadside stop: sinalizar, parar paralelo ao meio fio, ligar o pisca-alerta, colocar em park e puxar o freio de mão, nesta ordem. Detalhe: só porque se mandou parar não é para parar em qualquer lugar. Eu parei próximo demais de um caminho de pedestres, do lado oposto da rua. E além disso, antes de parar, sempre verificar, na ordem, espelhos e ponto cego.;
  • hill stop: parar em subida ou descida. Neste caso, verificar espelhos e ponto cego, sinalizar, parar, colocar em park, virar o volante na direção apropriada e puxar freio de mão;
  • three-point turn: olhar espelhos, ponto cego, sinalizar para a direita e parar. Sinalizar para a esquerda, verificar o ambiente, virar a direção toda para a esquerda e andar. Parar, sinalizar, colocar ré, verificar ambiente, e dar ré, olhando para trás, pelo ombro direito. Verificar o lado do ombro esquerdo também. Parar. Sinalizar para esquerda, engatar o drive e ir para frente;
  • Nas preferenciais, só parar se vier vindo carro, senão, segue adiante;
  • Onde não tiver placas, pode-se dobrar a esquerda ou direita sem precisar parar;
  • Sempre ler as placas de sinalização. Elas são várias, mas sempre estão onde deveriam estar. Dá para confiar nelas;
  • Para saber se a luz amarela vai surgir, verificar a sinaleira de pedestres. Uma mão piscando indica que o sinal vai fechar;
  • Sempre olhar espelhos;
  • Antes de parar, olhar retrovisor, e ir parando devagar;
  • Para mais longe da faixa branca grossa. Se um carro vier de trás, ainda haverá espaço para não atingir pedestres que estejam atravessando;
  • Ao entrar em rodovias expressas, usar bom senso. Mas sempre deve-se acelerar o máximo na faixa de aceleração, para já chegar aos 100km/h quando estiver em posição de entrar na pista. Se tiver um carro lento, se acelera. Se tiver um carro rápido, se reduz a velocidade. O instrutor pode perguntar as razões para os movimentos feitos;
  • Nunca trocar de faixa em cruzamentos ou abaixo de sinaleiras;
  • Nunca trocar de faixa junto com outro carro. Ou se acelera ou se reduz;
  • Numa curva para esquerda, em cruzamento com sinaleira, não ficar em cima da crosswalk se tiver outro carro na frente, fazendo a curva para a esquerda também. Quando o carro estiver fazendo a curva é que se começa a fazer a curva. Logo que entrou, mudar para a faixa da direita, quando for seguro;
Felizmente (ou não), minha prova para a licença G só vai ser dia 23/07. Não consegui marcar antes pois não havia mais horário. Sexta agora vou ter outra aula com o instrutor. Se tiver já melhorado um pouco na direção e tiver condições, me mando para Oshawa e fico na fila de espera para tentar fazer a prova antes e me "livrar" deste stress. Como o instrutor me falou: em uma prova, na escola, 2+2 = 4. Depois, se tu quiser que 2+2 sejam 8, tudo bem. :)

terça-feira, 12 de junho de 2007

Carteira de Motorista G1

Hoje fui fazer a prova escrita e exame de visão, para tirar a carteira G1. E passei !!! Ok, já poderia ter tentado tirar a carteira G, mas como sou cauteloso, resolvi atacar o problema por partes. Além disso, estava precisando de um documento canadense com foto e endereço, e como meu PRCard ainda não veio (só o da Letícia), fazer a prova para G1 era a forma mais rápida de conseguir este documento de identidade, que é bem importante por aqui.

Peguei emprestado o carro da Rosa e fui sozinho até o centro de direção, localizado em Oshawa. É o único local perto de Whitby com um centro de direção credenciado.

Para quem não sabe, em 1990 ( ou 1994, não me recordo ), foi instituído um sistema de graduação para quem quisesse dirigir carro, vans ou SUVs. Neste sistema, a pessoa começa com a licença G1, que permite dirigir um carro desde que no banco da frente, no lado do passageiro, esteja alguém com a licença G. Além disso, não é permitido dirigir em rodovias com limite de 80km/h ou mais, dirigir de madrugada e dirigir com álcool no sangue (qualquer que seja o nível).

Para a G1 se precisa apenas fazer uma prova escrita, de 40 questões. São 20 teóricas e mais 20 relacionadas aos sinais. Precisa acertar 16 em cada grupo de 20. No meu caso, errei 1 questão em cada grupo. Mas tudo bem !! :) Recebo minha carteira pelo correio.

Feito a G1, é possível fazer um teste de direção e se passar, conseguir a licença G2. Normalmente, é necessário ficar 12 meses na G1 (8 meses se for feito um curso de direção licenciado pelo governo). Na G2 já é possível ir na rodovia, mas o nível de álcool ainda precisa ser zero.

Deve-se ficar mais um tempo na G2, ganhando experiência, até fazer mais um teste de direção, desta vez, pegando uma rodovia expressa, como a 401, onde o limite é 100km/h, e fazendo outras manobras mais complexas. Maiores informações sobre o trânsito aqui em Ontario neste site. É o site oficial do ministério dos transportes da província.

Só a G1 me custou $85, que engloba o teste escrito ($10) mais a licença ($75). Por alguma razão não precisei pagar o teste de direção ($40). Para fazer a prova de direção para a G, vai ser mais $75. Graças a uma carta do consulado (aliás, o original fica com o pessoal do centro, mas eles dão uma cópia), aceita pelo governo canadense, não vou precisar ficar esperando os 12 meses na G1 para poder fazer a G2 e então G. Posso pular direto para a G. E deve ter sido por isso que não paguei a prova de direção. Não me lembrava qual era a outra taxa e acabei não perguntando.

Amanhã faço minha primeira aula com um instrutor licenciado, para tirar dúvidas. Vamos ver no que dá.

domingo, 10 de junho de 2007

Passeio de barco

Sábado agora fomos passear com o barco que o pai do Wagner comprou recentemente. A viagem teria sido uma viagem qualquer, não tivesse acontecido o que aconteceu. No fim, foi até engraçado.

Pegamos a estrada por volta das 13:00 e fomos em direção norte. Eu dirigindo o Civic para ir me acostumando com o trânsito daqui. Após 1 hora de estrada chegamos em uma marina em Cesarea (pronuncia-se cezarría em inglês). Barco na água, equipado com GPS e sonar, colocamos os coletes salva-vidas e começamos o passeio. Éramos 6 pessoas no barco, que suporta até 7 pessoas.

Depois de um tempo andando, paramos na beira do lago porque o motor do barco estava fazendo um barulho estranho, segundo falaram. O dono do barco vou ver e não achou nada errado. Seguimos então viagem, acompanhamento uma carta náutica, bóias e o GPS.

O lugar era mesmo muito bonito, com várias casas na beira do rio. Algumas casas bonitas e outras nem tanto. Mas a paisagem era linda. E o dia também colaborou, com sol, pouco vento e temperatura muito agradável.

Fomos navegando até a cidade de Linday, onde pegamos uma eclusa, ou lock em inglês. A eclusa é, para a descida que pegamos, toda manual. 2 pessoas fecham as comportas do lado que viemos, e 1 pessoa abre para o lado em que iríamos continuar. No total acho que o desnível era de uns 5-7 metros. O responsável pela eclusa ainda nos falou: "A eclusa fica aberta até as 19:00". Eram cerca de 16:00 e a idéia não era mesmo ir muito longe. Mal sabíamos o que iria acontecer

Andamos mais um pouco, vimos mais algumas casas e, quando já estava acabando os lugares bonitos, decidimos voltar. E foi quando aconteceu o incidente/acidente.

Pouco depois da curva ter sido feita, já no caminho de volta, o motor do barco apaga. Aparentemente, a safety key foi atingida (ela fica bem próxima do joelho direito, no banco usado pelo piloto), o motor morreu e água entrou no motor (naquela hora não sabíamos disso, fomos saber depois).

Por sorte isso aconteceu perto de um acampamento de trailers e perto de 2 pescadores em um barco. Os pescadores nos rebocaram até uma das docas e um senhor nos ajudou a atracar. A ajuda dos pescadores veio bem a calhar, pois estávamos derivando para fora do canal em direção a margem, cheia de algas. E os remos do barco ainda não haviam sido montados.

Logo depois que atracamos veio mais um cara ver o que tinha acontecido, enquanto aquele senhor foi buscar um mecânico. Depois de muitas tentativas, aquele mecânico disse o que achava que tinha acontecido. Mas não conseguiu arrumar o motor. Ou seja, estávamos "encalhados" !! :D

O que fizemos: o dono do barco ligou para um amigo dele, que veio nos buscar. Mas até ele chegar, e achar o local, levou-se mais de hora.

Mas a diversão não acabou nisso. Tivemos que levar o barco da doca onde estávamos para outra mais perto do local onde poderíamos tirar o barco da água. E como fazer isso sem motor ? Remando claro ! :)

Só que tínhamos apenas 2 remos pequenos, de plástico. Ao ver isso aquele primeiro senhor que nos ajudou a atracar nos emprestou 2 grandes remos de madeira. Munidos deles, fomos entre 4 pessoas remando até a outra doca. E com gente na margem fazendo gracinha e perguntando se queríamos gasolina. :)

Colocamos o barco na doca e esperamos. Assim que a carona chegou, as mulheres e o dono do barco foram juntos, enquanto fiquei com o Wagner esperando o pai dele voltar com a caminhonete e o trailer do barco. Eram 20:20 quando começamos as manobras para colocar o barco no trailer. Só chegamos em casa pelas 10:30. Meia hora depois consegui tomar um banho e jantar.

E assim acabou o passeio de barco mais inesquecível que tive até agora :)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Earning money

Após 1 semana e alguns dias, já fiz meus primeiros dólares no mercado financeiro canadense, mas especificamente, na poupança.

CAN$4,93.

Ok, não é grande coisa, mas já é um começo :D

Entrevista de emprego

Segunda, 04 de Junho, foi minha primeira entrevista de emprego aqui no Canadá. Também foi minha primeira entrevista de emprego totalmente em inglês e onde os entrevistadores tinham esta língua como língua materna.

Ela aconteceu 1 semana após minha chegada no Canadá, e foi na mesma empresa onde trabalha um amigo brasileiro. Passei esta primeira semana sem me preparar muito para a entrevista. Acredito que apenas na quinta-feira, de junho, em que acabei passando a manhã e parte da tarde lendo sobre entrevistas de emprego. As perguntas mais feitas e respostas para elas, a apresentação, o comportamento, etc. Foi bem cansativo.

Até iria fazer uma entrevista de treino, mas no fim, não deu tempo. Nunca estudei em véspera de prova, e não faria diferente só porque era uma entrevista. Fui dormir no domingo a noite já me concentrando para a entrevista.

Na segunda me acordo bem cedo, cerca de 6:45 e começo a me preparar. Tomo o café da manhã com a barriga um pouco embrulhada, mas consigo comer alguma coisa e tomar um café com leite. Volto para o quarto e começo a vestir meu terno. Sim. Além de ser em inglês eu teria que usar um terno. Fazer uma boa primeira impressão e tal.

As 08:00 e pouco saímos de casa, eu e meu amigo, que trabalha na empresa e me daria a carona. Estava chovendo e ainda teríamos que enfrentar a rodovia 401. Felizmente, mesmo com a chuva e o horário, não pegamos a rodovia lenta. O trânsito fluía devagar mas fluía. A minha entrevista estava marcada para as 09:00.

Chegamos no prédio por volta das 09:05. Esperei na recepção até a recepcionista chegar, coisa que aconteceu logo. Ela ligou e o um dos entrevistadores chegou. Entramos na sala e esperamos o outro entrevistador. Enquanto isso conversávamos amenidades.

Logo a outra pessoa chegou. Após uma rápida introdução, começou a entrevista. A primeira pergunta ? "Fale-me de você". :)

Fiz um resumo rápido do currículo e fiquei aberto a perguntas. Uma das perguntas que me chamou a atenção foi relacionada ao trabalho voluntário. A primeira pessoa me perguntou o que eu fazia lá.

Depois da entrevista, que durou aproximadamente 1hr (não cuidei o tempo), voltei para falar com este meu amigo que trabalha lá. O segundo entrevistador perguntou se ele não gostaria de fazer um tour comigo pela empresa. Logo começamos. Fui apresentado ao fundador da empresa, um líder técnico e um gerente de projeto. Depois disso, este meu amigo me levou para a estação de metrô, para voltar para Whitby.

Comecei a viagem de volta as 11:00 e só cheguei em casa às 13:30. Foram 2 metrôs e um trem.

O que achei da entrevista ? Pessoalmente, acho que até que saí bem, considerando que foi em inglês. Se tivesse sido em português teria me saído melhor. A atitude que assumi me pareceu correta, só que tentar se vender numa língua que ainda não domino é complicado.

Ontem fiquei sabendo que um outro concorrente foi contratado para esta vaga. Ele já tinha sido entrevistado antes e conhecia o setor de metalurgia, ao contrário de mim. Porém, parece que vai abrir outra vaga, para outro projeto. E o líder técnico que conheci falou, na reunião onde foi anunciada a contratação deste outro cara, que seria necessário um outro business analyst para a função. E um dos diretores falou para este meu amigo, que também estava na reunião, que eles vão ver se me contratam.

Entre a entrevista na segunda e hoje, já apliquei para 9 outras vagas, em outras empresas, inclusive, para uma vaga na IBM. Vê só !! :)

Vamos ver no que dá. Depois da entrevista, mais especificamente após terem respondido uma pergunta que fiz sobre a empresa, achei que me daria bem nesta onde fiz a entrevista. Devo voltar a me lembrar e praticar os ensinamentos que o "The Secret" fala.

domingo, 3 de junho de 2007

Retrospectiva da semana

Já faz 1 semana que estamos no Canadá.

Até agora parece que a ficha ainda não caiu. Quero dizer, ainda não entramos na rotina diária que irá nos dizer que estamos aqui para ficar e não apenas de férias.

Nesta semana nós já:
  • Abrimos conta no banco ( no TD )
  • Conseguimos nosso SIN Number
  • Passeamos em Ajax by the Lake
  • Fomos diversas vezes a mercados e lojas de 1 dólar, e flea markets
  • Visitamos o Wal-Mart e outras grandes lojas
  • Joguei golfe pela primeira vez
  • Fomos (eu, Letícia e Mônica) de trem até Toronto, obter os papéis que permitirão eu e Letícia tirar uma licença G, o último nível aqui no Canadá, para dirigir carros e vans e SUVs
  • Fomos pescar em Oshawa (antes tivemos que tirar nossas licenças de pesca desportiva, que nos permitem apenas pescar e depois devolver os peixes)
  • A Letícia comprou os seus tão esperados novos óculos de sol
  • A Letícia conheceu de perto esquilos e chip monkeys, no centro de conservação animal perto de onde estamos
  • A Letícia já fez seu primeiro trabalho como babysitter, e ganhou seus primeiros dólares
  • Já dirigi algumas vezes, para pegar as manhas daqui
  • Já comecei a estudar o manual para a prova teórica de direção
  • E amanhã terei minha entrevista de emprego
Por enquanto é isso.

Agora que consegui recuperar o atraso, tentarei manter o blog mais atualizado.

Chegamos em Whitby

Isso aí mesmo.

27/05/2007. Estamos em Whitby, hospedados temporariamente na casa de amigos, até acharmos nosso próprio local.

A viagem até aqui foi muito cansativa, incluindo aí tanto o tempo de espera do processo como o tempo de viagem mesmo, de Porto Alegre a Toronto. Mas chegamos todos bem.

Assim que passamos pela imigração e resolvemos tudo, fomos recebidos por nossos amigos. Depois de carregar a Grand Caravan com todas a malas, embarcamos 5 pessoas e um cão em direção a um Tim Hortons :) Que delícia provar aquele café com sabor hazelnut (o recheio do Ferrero Rocher é o que mais de aproxima do sabor e cheiro).

Depois, 401 em direção a Whitby. Levamos uns 30 minutos, mais ou menos, para chegar lá. O meu cansaço era grande.

Chegamos e logo fomos arrumando o nosso novo cantinho. 4 malas abertas e dê-lhe bagunça. No final, ficamos com 3 malas vazias e 1 cheia com roupas e coisas que não vamos usar por um tempo, como roupas de inverno rio-grandense.

Antes de finalizar tudo, fomos almoçar. Depois do almoço, um pouco mais de arrumação e saímos para o Wal-Mart, comprar algumas coisas que estavam faltando, como mais alguns gaveteiros de plástico e cabides. Voltamos e continuamos na arrumação, até que finalmente, demos o primeiro passo por encerrado (ainda haveriam outras arrumações entre a chegada e o dia de hoje, tentando deixar o quarto mais próximo de uma organização eficaz. Como disse a Letícia, é quase toda nossa casa em um quarto).

No final da tarde, 18:00 e pouco, fomos jantar no Montana, comer frango, pão de milho doce, salada e batata assada com recheio de legumes. Nem preciso contar que eu havia dormido quase nada desde a noite passada.

Voltamos para casa e ainda fiquei acordado até umas 23:00, quando finalmente fomos dormir.